A Praça Thomé de Souza, localizada no coração de Salvador, é um dos cartões-postais mais icônicos da capital baiana. Recentemente, a Prefeitura de Salvador iniciou estudos sobre a concessão de seu gerenciamento para a iniciativa privada. O contrato, avaliado em R$ 223 milhões, terá uma duração de 30 anos, prometendo uma nova era de requalificação e revitalização para a praça e seus arredores, além de atrações turísticas relevantes.
Este projeto ambicioso não é apenas sobre a praça em si, mas envolve uma série de melhorias significativas que afetam diretamente a experience do visitante e da população local. O plano inclui a administração do Elevador Lacerda, a gestão dos planos inclinados da região do Centro Histórico e a construção de um novo centro de convenções que será instalado nos subterrâneos do prédio atual da prefeitura.
Prefeitura de Salvador estuda concessão da Praça Thomé de Souza por R$ 223 milhões
Os preparativos para a concessão da Praça Thomé de Souza são um reflexo do compromisso da administração municipal em revitalizar o Centro Histórico de Salvador. O projeto está sendo cuidadosamente planejado, com a conclusão dos estudos técnicos prevista para outubro. Após esse período, haverá uma audiência pública que servirá para ouvir a população e definir a concessionária que ficará encarregada da operação.
A secretária de Desenvolvimento, Emprego e Renda de Salvador, Mila Paes, mencionou que o cronograma já sofreu atrasos de quase um ano, devido a mudanças necessárias no modelo de operação inicial. Uma vez que os estudos estejam finalizados, a Secretaria de Cultura assumirá a condução do projeto para a licitação, o que mostra a seriedade e o planejamento por trás dessa iniciativa.
Os investimentos destinados a essa requalificação estão garantidos pelo Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo (Prodetur), que conta com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essa parceria reforça a importância do projeto e a expectativa de que ele trará retornos positivos tanto para os turistas quanto para os moradores da região.
Requalificação e novas obras
Entre as atividades já realizadas, destaca-se a reforma do Elevador Lacerda, uma das mais importantes intervenções concluídas até agora. Com um investimento de R$ 14 milhões, a reforma não apenas restaurou a estrutura, mas também implementou climatização e substituição das cabines, conferindo um novo ar à atração que é um marco na cidade.
Ainda está em andamento o planejamento de um novo centro de convenções no Palácio Thomé de Souza e na área subterrânea da praça. Este projeto, orçado em R$ 20 milhões, promete transformar a praça em um cuidado espaço multifuncional, gerando oportunidades de eventos e turismo. Além disso, a prefeitura planeja mudar sua sede para o Palácio da Sé a partir de 2026, o que poderá ajudar a liberar espaço e recursos para a requalificação da praça.
Outras iniciativas, como a concessão do Plano Inclinado Gonçalves, que liga o Comércio ao Pelourinho, estão sendo analisadas. A inclusão de outros equipamentos, como o Plano Inclinado Pilar e o Elevador do Taboão, ainda está em fase de confirmação. Essas ações refletem um amplo esforço da administração pública para revitalizar o Centro Histórico e retomar sua relevância como um espaço vibrante e atrativo.
Histórico de concessões e revitalização do Centro
A proposta de concessão da Praça Thomé de Souza é parte do Plano Integrado de Concessões e Parcerias de Salvador (Pics), que foi aprovado em 2021. Através desse plano, a iniciativa privada já assumiu a gestão de outros importantes locais, como o Palácio Rio Branco, que se tornará um hotel após um contrato de 35 anos no valor de R$ 135,4 milhões.
Essas concessões fazem parte de um esforço maior para revitalizar o Centro Histórico e o Comércio de Salvador, que teve início na gestão do ex-prefeito ACM Neto e foi ampliado pelo atual prefeito Bruno Reis através do programa Renova Centro. Esse programa oferece incentivos de até R$ 500 milhões para o investimento na região, visando atrair novas empresas e, por consequência, mais visitantes.
Além das concessões, o prefeito anunciou a intenção de modificar a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) para incluir um modelo de hasta pública para imóveis abandonados. A proposta é desapropriar esses espaços e leiloá-los, transferindo aos novos proprietários a responsabilidade pela revitalização. Se essa ideia prosperar, poderá haver um impacto significativo na dinâmica do Centro Histórico.
O impacto social e econômico da concessão
A concessão da Praça Thomé de Souza e a requalificação do Centro Histórico vão além da modernização de estruturas. Esses projetos têm um potencial impacto social e econômico que deve ser considerado. A revitalização do espaço público pode promover a inclusão social, integrando mais a população local e atraindo um maior número de turistas.
Com a construção do novo centro de convenções, espera-se que Salvador se torne um destino ainda mais atraente para eventos e convenções, o que poderá aumentar a demanda por serviços de hospedagem, alimentação e entretenimento. Isso gera empregos diretos e indiretos, beneficiando a economia local. A modernização do Elevador Lacerda e outros pontos turísticos também promoverá uma experience mais agradável para os visitantes.
Além disso, a requalificação do Centro Histórico pode ajudar a preservar a memória cultural da cidade. A proposta de incrementar o espaço com áreas de convivência e a valorização do patrimônio histórico é um passo importante para garantir que a identidade cultural de Salvador seja mantida.
Perguntas Frequentes
Qual é o valor estimado da concessão da Praça Thomé de Souza?
O valor estimado da concessão é de R$ 223 milhões.
Qual é a duração do contrato da concessão?
O contrato terá uma validade de 30 anos.
O que inclui o projeto de requalificação da praça?
O projeto inclui a administração do Elevador Lacerda, a gestão dos planos inclinados do Centro Histórico e a construção de um novo centro de convenções.
Quando os estudos técnicos para a concessão devem ser concluídos?
Os estudos estão previstos para serem concluídos em outubro.
Que suporte financeiro está sendo utilizado para os investimentos?
Os investimentos estão respaldados pelo Programa Nacional de Desenvolvimento e Estruturação do Turismo (Prodetur), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O que a prefeitura planeja para a sede da prefeitura em 2026?
A prefeitura planeja mudar sua sede para o Palácio da Sé a partir de 2026, liberando espaço para a requalificação da Praça Thomé de Souza.
Conclusão
A iniciativa da Prefeitura de Salvador de conceder a gestão da Praça Thomé de Souza para a iniciativa privada é um passo significativo rumo à revitalização de uma das áreas mais icônicas da cidade. O projeto não apenas promete melhorias estéticas e funcionais, mas também uma revitalização econômica e social que beneficiará tanto os moradores quanto os turistas.
A requalificação do espaço, aliada ao gerenciamento de atrações históricas como o Elevador Lacerda e os planos inclinados, pode transformar Salvador em um destino turístico ainda mais atrativo. Por meio de investimentos garantidos e um planejamento cuidadoso, a expectativa é que Salvador obtenha retornos substanciais, promovendo desenvolvimento e preservação cultural no coração da cidade. O futuro da Praça Thomé de Souza parece promissor, e, com boa gestão e um olhar voltado para a inclusão e o desenvolvimento, essa história poderá se transformar em um verdadeiro conto de sucesso.