Trace Fest 2025 transforma Salvador em uma noite inesquecível com grandes nomes da música

Na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, Salvador, a vibrante capital da Bahia, foi palco de um evento memorável: a segunda edição do Trace Fest Salvador. Com o objetivo de celebrar as culturas afro-urbanas brasileiras e da diáspora, o festival destacou-se por seu caráter gratuito e por promover um clima de festa e união entre os presentes. Ao ocupar a Praça Maria Felipa, uma área central em frente ao famoso Elevador Lacerda, o evento reafirmou Salvador como um epicentro cultural, conectando o Brasil a outras partes do mundo, como a África, o Caribe e a França.

Trace Fest 2025 agita Salvador em uma noite inesquecível e repleta de hits e grandes nomes da música

A proposta do Trace Fest é clara: transformar a cidade em um grande palco onde a arte, a música e a dança possam ser apreciadas por todos. Com uma curadoria feita pelo coletivo Batekoo, o festival mostrou que a música pode envolver e emocionar, transcendendo as barreiras culturais e sociais. Ao longo das horas de festa, diferentes estilos musicais e performances artísticas desfiavam mensagens de resistência e celebração da identidade afro-brasileira.

Os organizadores escolheram a Praça Maria Felipa, um espaço simbólico por sua ligação com a cultura negra da cidade, refletindo a intenção de dar visibilidade e protagonismo às culturas afro-brasileiras. A programação do festival incluiu um line-up variado com artistas locais e internacionais, garantindo uma diversidade de ritmos e experiências. Cada artista trouxe uma pitada do seu próprio estilo, desde o afrobeats até o trap, passando por uma fusão rica de sonoridades.

Programação e destaques do palco

A programação do Trace Fest foi uma verdadeira ode à diversidade musical. A abertura foi realizada pelo coletivo Batekoo, que, além de mestre de cerimônias, comandou a festa de forma vibrante e enérgica. Composta por uma mistura de DJs e talentos, a sequência de apresentações incluiu nomes como Ítalo, Pyroman & DJ Gustah, Yan Cloud, Ronisia e Seun Kuti & Egypt 80.

Seun Kuti, demonstrou sua maestria no afrobeat, misturando ritmos vibrantes com letras que carregavam mensagens políticas e sociais. Sua performance não apenas entreteve, mas educou o público sobre as raízes e a importância da luta da diáspora africana. Ronisia fez uma ponte entre o groove afro-caribenho, soul e o fenômeno internacional, cativando os espectadores com sua presença marcante. E Yan Cloud trouxe uma nova proposta musical ao conectar diversos gêneros com a cena urbana brasileira, evidenciando a riqueza cultural que perpassa o Brasil.

Além das apresentações musicais, o evento também incluiu áreas de interação e vivência, com oficinas e discussões que aproximaram os presentes das diversas facetas da cultura afro-urbana. O ambiente era de celebração e alegria contagiante, onde jovens, adultos e crianças podiam se libertar através da música e da dança.

Significado e impacto cultural

O Trace Fest Salvador não se limita a um simples evento de entretenimento. Ele se manifesta como uma plataforma de valorização das culturas afro-urbanas, especialmente das juventudes pretas e periféricas. Ao escolher Salvador como cenário, o festival reafirma a importância da cidade no contexto cultural brasileiro, sabendo que possui um legado africano forte e vibrante.

A visibilidade que o evento proporciona é essencial para a afirmação da identidade negra nos espaços urbanos. Ao ocupar um lugar público e central, o Trace Fest desafia a invisibilidade muitas vezes imposta às culturas afro-brasileiras, trazendo-as para o primeiro plano e garantindo que a festa represente muito mais do que apenas entretenimento, mas sim um ato de resistência e afirmação.

Esse caráter reivindicativo também se reflete na programação do Fórum Nosso Futuro – França/Brasil: Diálogos com a África, que integra o evento. Essa conexão reforça a ideia de que o Trace Fest é um espaço de diálogo cultural, onde os participantes podem compartilhar realidades e experiências, criando um sentimento de unidade entre diferentes culturas.

O que rolou para além do festival

O Trace Fest Salvador foi mais do que apenas um show: foi uma verdadeira experiência cultural. As ruas ao redor da Praça Maria Felipa foram tomadas por música e dança, com o público aproveitando cada momento. Desde o início da tarde, jovens de diversas partes da cidade e até mesmo turistas se reuniram no local, criando uma atmosfera calorosa e vibrante.

A curadoria da Batekoo garantiu que cada transição entre os artistas fosse fluida, mantendo a energia e o clima festivo durante todo o evento. Os intervalos eram, muitas vezes, momentos de festa em si, com DJs tocando músicas que aqueciam a plateia e mantinham a empolgação. Essa profissionalidade na gestão do evento foi um dos grandes destaques, permitindo que o público se sentisse sempre parte da festividade.

A proposta de ingresso livre foi um acerto, proporcionando acesso a diferentes públicos. Muitos jovens de Salvador, chamada de “soteropolitanos,” puderam se integrar a essa grande celebração cultural sem barreiras financeiras. Turistas, curiosos e locais se uniram em torno de um único propósito: celebrar a música e a cultura afro-brasileira, trocando experiências e criando novas memórias.

A diversidade do line-up convidou uma variação de estilos e influências, fazendo com que todos, independentemente de sua origem, pudessem encontrar um ritmo que os conectasse com a experiência da diáspora. O evento também serviu para lembrar os presentes sobre a importância do protagonismo das culturas negras, tanto na música quanto na sociedade brasileira como um todo.

Perguntas frequentes

O que é o Trace Fest?

O Trace Fest é um festival celebrado em Salvador, que reúne arte, música e cultura afro-urbana, destacando a importância das identidades negras na sociedade contemporânea.

Qual foi o objetivo do Trace Fest 2025 em Salvador?

O principal objetivo do festival foi celebrar e valorizar as culturas afro-urbanas, proporcionando um espaço inclusivo e acessível para todos, onde a música e a dança pudessem ser apreciadas e compartilhadas.

Quem foram os principais artistas do festival?

O festival contou com a participação de artistas como Seun Kuti & Egypt 80, Ronisia, Yan Cloud, e o coletivo Batekoo, sendo todos eles representativos da riqueza e diversidade musical da diáspora africana.

O evento foi gratuito?

Sim! O Trace Fest foi um evento gratuito, permitindo que pessoas de todas as idades e classes sociais pudessem participar e celebrar.

Onde ocorreu o festival?

O festival aconteceu na Praça Maria Felipa, localizada no bairro do Comércio, em Salvador, um lugar repleto de história e significado cultural.

Como o Trace Fest contribui para a cultura local?

O evento atua como uma plataforma de valorização das culturas afro-brasileiras, proporcionando visibilidade e espaço para a expressão artística das juventudes pretas e periféricas, além de fortalecer a identidade cultural da cidade.

Considerações finais

O Trace Fest 2025 agita Salvador em uma noite inesquecível e repleta de hits e grandes nomes da música, mostrando ao mundo a força e a riqueza das culturas afro-urbanas. O evento não apenas trouxe alegria e entretenimento, mas também promoveu uma reflexão sobre a importância da identidade cultural e da resistência.

A conexão entre os diversos povos da diáspora foi um dos pontos altos do festival, reforçando a ideia de que a música é uma linguagem universal que une corações e mentes. O sucesso do evento é um indicativo de que Salvador continua a ser um polo fundamental na valorização e celebração da cultura negra, inspirando novas gerações a se conectarem com suas raízes.

O Trace Fest é mais do que um festival; é um movimento que afirma e celebra a cultura negra de forma vibrante e ousada. E assim, Salvador segue firme no compromisso de ser um lar de arte, diversidade e resistência, continuando a encantar e surpreender a todos com sua riqueza cultural única.